27 de abr. de 2010

Soneto de quem se dá


"A vida só se dá pra quem se deu".
Já disse o poetinha vagabundo
Que em seu jeito de boêmio do mundo
Seu segredo de viver concedeu.

É meta: fazer tudo mais fecundo
Qualquer que seja a cor do que nasceu.
Quem vive só feliz já se morreu!
Não sabe ver da vida seu profundo.

Não é questão de ser alegre o choro:
Tudo que chora mais gentil retorna
E nada iguala tal contentamento.

Mesmo que seja solitário o coro,
A minha morte, não a quero morna:
Morro de amores ou morro no intento!

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